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juvenildesouza@yahoo.com.br

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Recuerdos, por Juvenil de Souza.

Conheci o Juvenil de Souza através das suas crônicas que eram publicadas regularmente no periódico O Jornalzão, de Santa Rosa de Viterbo, pequena cidade do interior de São Paulo. A partir de setembro de 2009, a publicação parou e foi aí que eu soube da morte do misterioso e ignoto Juvenil, aos 84 anos.
Em contato com um sobrinho dele, Claudiomiro de Souza Júnior, tive acesso ao acervo de suas crônicas, muitas das quais era o próprio sobrinho que digitalizava, principalmente as datadas de 2009, o último ano da sua vida.
Claudiomiro me contou que o sonho do tio Juvenil era publicar as crônicas num livro, que se chamaria “Recuerdos”, como nas crônicas, mas que tal empreitada ficaria muito além das suas posses.
Foi aí que sugeri colocá-las num blog, com o intuito de organizar a obra, facilitar a leitura dela e, claro, lembrar o cronista. Pelo menos até o dia em que o livro de papel possa ir para as ruas. “Ótima idéia”! disse o sobrinho.
Foi aí que comecei a fazer o blog onde vocês poderão ler, copiar e até imprimir as crônicas preferidas.

Uma vida em segredo - Não fiquei sabendo muita coisa sobre o Juvenil de Souza. O sobrinho conta que o tio foi embora ainda jovem da sua cidade natal e que nunca mais retornou, talvez por causa de uma decepção amorosa que tivera e que o marcara profundamente. Soube também que poucos o conheciam na sua terra natal, isso porque ele se mantinha afastado e discreto, morando na cidade grande.
Juvenil de Souza usava óculos, era magro e fumava muito, comia pouco e gostava de cerveja e vinho. Soube também que em determinadas épocas do ano, Juvenil bebia de cair e, não raro, precisava da ajuda de vizinhos para se recuperar. Ao final da vida tinha uma pequena aposentadoria que mal lhe pagava o aluguel e a comida. Não se casou, era avesso ao luxo, não deixou bens. Apenas a velha máquina Corona & Smith, teclas pretas de letras brancas, (que também fabricava os revólveres Smith que o Juvenil, certamente, chamaria de Shimiti, dos seriados de caubói), na qual escreveu a maioria das crônicas que ora apresentamos aos internautas.
Não sou crítico de literatura, mas asseguro-lhes que elas são tecnicamente perfeitas e recheadas de raro talento literário. São histórias provincianas, de uma cidade do interior, onde parece que não acontece nada de importante, está tudo nas entrelinhas, nas quais Juvenil resgata a infância, amores da juventude a boêmia de bares e madrugadas e tudo o que, segundo ele, não volta mais. Histórias pitorescas, na maioria românticas, ocorridas na pequena cidade, contadas por uma pessoa "sem história", como ele gostava de frisar ao sobrinho.
Um boa leitura.
José Márcio Castro Alves

6 comentários:

  1. Sensacional esse blog. Me transportou para um passado muito distante e ao mesmo tempo tão nítido em minha memória. Nasci na Fazenda Amalia e sai de la com nove anos (em 1969) e retornei em Santa Rosa de Viterbo agora em 2010, depois de 41 anos. Ao ler as cronicas maravilhosas do Juvenil senti uma saudade enorme dos poucos anos que vivi na Amalia. Ah...e o lendário Francisco Ferreira (Chico Louco) que é citado em uma das cronicas e em algumas fotos é meu saudoso tio (irmão de meu pai). Parabéns pelo blog.

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  2. Quando minha familia se mudou para Santa Rosa em 1987, não imaginava que as sete anos iria viver e ainda vivo um amor tão intenso. Me apaixonei a primeira vista por esta cidade, nosso amor já passou por revés, a distancia nos separa desde meados de 2005 e a saudade aumenta cada dia mais. As crônicas de Juvenil me remete a um tempo que não vivi, mas minha imaginação me faz estar em cada momento, vivendo e revivendo cada momento como se estivesse estado lá. Parabéns pela iniciativa,serei um propagandista deste amor do Juvenil por nossa terra.
    Cláudio Ferreira

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    1. sem resposta mas com todos os mesmos sentimentos

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  3. Saudades das crônicas do saudoso Juvenil nos Jornalzão nos sábados, histórias que me remetem a um passado em que não vivi, mas que faz a imaginação voar longe, histórias simples que encantam...

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  4. eu também sinto saudades,como você

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  5. Muito mais do que crônicas muito bem escritas, contam em detalhes de como eram alguns locais e costumes da cidade antigamente... saudade de um tempo em que não vivi e que ele descrevia muito bem para todos.

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